quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Seis da Tarde

Seis da tarde


São seis da tarde,
E às vezes o dia parece teimar em continuar
São dias de pouco tempo
São poucos os dias desse tempo

Essas horas de avareza
Onde o anoitecer vem acompanhado de tanta tristeza
E a vontade de dormir se faz rito
É o sono das seis.

Não tenho esperado o pôr do sol
Porque esse frio me contenta
O escuro é tão bonito
E são seis e pouco, e não temos tempo para isso.

Já não miro o relógio da parede
O frio já o fez parar
Parece que o mesmo tem feito comigo
Quando às seis, não me deixa mais sozinho.

São pouco mais de seis da tarde
E o frio já encosta-se a mim
Tirando o pouco calor que ainda tenho em meu corpo
Já são seis e pouco

Parado sinto os tremores de meu corpo
Na mesa apenas viveres pouco atraentes
Rodeado de silencio,
Aguardo este tempo passar

Pouco a pouco as seis se finda
Como qualquer hora qualquer
E o meu martírio se completa
Quando o frio me abandona.

Já são quase sete
E o frio já passou
Até que o Sol se ponha novamente
Não estarei tão frio assim



_____

sob influencia.

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